O Festival dos Povos da Floresta, que teve início na quinta-feira (29) em Porto Velho, segue até o dia 8 de junho, oferecendo uma imersão cultural única. O evento celebra a arte, ancestralidade e diversidade da Amazônia, com programação gratuita e intensa no Porto Velho Shopping e no Parque da Cidade.
A abertura oficial contou com a exposição JUVIA, curada por Rosely Nakagawa, instalada no Porto Velho Shopping (ao lado do Outback, entrada A), disponível todos os dias das 10h às 22h. A mostra reúne obras de artistas da Amazônia, como Gustavo Caboco, e outros nomes selecionados por chamamento público. “A proposta integra inovação e saberes ancestrais, valorizando a pluralidade amazônica por meio da arte e das experiências vividas por seus povos”, explica Rosely Nakagawa.
À noite, o palco musical do festival se estabeleceu no Parque da Cidade, com apresentações que representam a diversidade sonora da região. O destaque foi o show da rondoniense Gabriê, que contou com a participação de Patrícia Bastos, cantora amapaense, celebrando a união de vozes femininas da Amazônia. O show ocorreu às 21h, após apresentações do Povo Gavião (19h) e Marfiza (19h45), com o início da noite marcado por DJ às 18h.
Aline Moraes, responsável pela curadoria dos shows, destacou que o objetivo é promover encontros entre diferentes linguagens e territórios. “Mais do que entretenimento, buscamos oferecer uma vivência artística e sensível, que transforma o espaço do show em um ambiente de partilha, afeto e convivência para todas as idades”, afirmou.
O festival é idealizado pela Rioterra e apresentado pela Petrobras, com apoio da Lei de Incentivo à Cultura e realização do Ministério da Cultura e Governo Federal. A proposta visa valorizar as expressões culturais e os territórios da Amazônia como um centro de produção artística.
Fabiana Gomes, presidente da Fundação Rioterra, ressaltou que o festival é uma oportunidade para Porto Velho e a Amazônia se destacarem, mostrando sua rica cultura viva e o protagonismo das populações indígenas, quilombolas, artistas urbanos e coletivos locais.
A programação continua nos dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, com apresentações de artistas como Ernesto Melo, Quilomboclada, Bado, Nilson Chaves e Lenine, além de apresentações culturais dos povos indígenas, como Zoró, Tupari, Arara, Aruá e Makurap. O evento também oferece oficinas de vídeo e fotografia com celular, rodas de conversa e visitas mediadas para escolas e organizações.