Free Flow na BR-364: veja como vai funcionar o novo pedágio eletrônico

A Nova 364 divulgou nesta quarta-feira como vai funcionar o sistema de pedágio eletrônico Free Flow na BR-364, no trecho entre Porto Velho e Vilhena. O modelo, que dispensa as tradicionais praças de pedágio, utiliza pórticos com sensores para registrar a passagem dos veículos, prometendo mais fluidez no trânsito e comodidade aos usuários da rodovia federal em Rondônia.

De acordo com a concessionária, o Free Flow permitirá que os motoristas passem pelos pórticos sem necessidade de parar ou reduzir a velocidade. A expectativa é de redução de filas, economia de tempo, menor desgaste dos freios e menor consumo de combustível, o que também contribui para a redução da emissão de gases poluentes. O sistema ainda terá tarifas diferenciadas e várias opções de pagamento.

O início da cobrança, no entanto, ainda não começou. A concessionária explica que a tarifa só poderá ser cobrada após a conclusão de trabalhos iniciais de melhoria do pavimento, reforço na sinalização e estruturação dos serviços operacionais ao longo da BR-364. A autorização final será dada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

No trecho concedido, serão instalados sete pórticos de cobrança entre Candeias do Jamari e Pimenta Bueno. A localização exata de cada ponto será divulgada em breve e poderá ser conferida no site da concessionária, no aplicativo Nova 364 ou pelo telefone 0800 0364 364.

O sistema eletrônico fará automaticamente a leitura da placa e identificará o horário da passagem e a categoria do veículo. Essas informações serão enviadas a um banco de dados que fará a contabilização do valor devido, com o compromisso, segundo a empresa, de garantir 100% de acurácia por meio de redundâncias na leitura. Em caso de dúvidas na fatura, o usuário poderá procurar a concessionária pelo 0800 0364 364.

Embora não seja obrigatório, a Nova 364 recomenda que os usuários façam cadastro antecipado no portal pedagioeletronico.nova364.com ou no aplicativo Nova 364. No ambiente digital será possível consultar valores pela placa do veículo, visualizar faturas e efetuar pagamentos. No cadastro, o usuário informa seus dados pessoais e os dados do veículo, o que torna mais prática a gestão dos lançamentos.

Os valores do pedágio ainda serão definidos e divulgados com antecedência. Depois de registrado o tráfego no pórtico, o usuário terá até 30 dias para quitar a tarifa. O pagamento poderá ser feito pelo aplicativo, pelo portal da concessionária ou em totens que serão instalados nas 14 bases de atendimento ao usuário ao longo da BR-364.

O modelo prevê benefícios específicos para alguns perfis de veículos. Motocicletas serão isentas de tarifa. Já os veículos equipados com tag terão descontos: no caso de autos e caminhões, haverá o Desconto Básico da Tarifa (DBT), com redução de 5% no valor. Para veículos de passeio, será aplicado também o Desconto de Usuário Frequente (DUF), com descontos adicionais e progressivos a partir da segunda passagem pelo mesmo pórtico, no mesmo sentido e dentro do mesmo mês, até atingir a 30ª passagem, quando o valor com desconto passa a se manter fixo até o fim do mês.

Quem não pagar a tarifa dentro do prazo de 30 dias poderá ser autuado por evasão de pedágio, infração prevista no artigo 209 do Código de Trânsito Brasileiro. A penalidade é multa de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação.

A concessionária afirma que a cobrança não virá desacompanhada de investimentos. Segundo a Nova 364, já foram aplicados mais de R$ 360 milhões no trecho entre Porto Velho e Vilhena, em serviços de manutenção de pavimento, sinalização, conservação da faixa de domínio e implantação da estrutura operacional, que inclui 14 bases de atendimento ao usuário, frota de inspeção, guinchos, ambulâncias e cobertura de conectividade 4G para comunicação e resposta mais rápida em casos de emergência.

Responsável pela administração de 686,7 quilômetros da BR-364, entre Porto Velho e Vilhena, a Nova 364 projeta investimentos que ultrapassam R$ 12 bilhões ao longo do contrato de concessão, com obras de ampliação e melhoria da rodovia, incluindo duplicação de trechos, faixas adicionais, dispositivos de acesso, vias marginais e implantação do chamado Expresso Porto, voltado a otimizar o escoamento da produção agrícola e demais cargas que circulam pelo eixo rodoviário.

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