Carteiro de Rondônia pedala quase três voltas ao mundo e transforma o ciclismo em estilo de vida

Além de atuar como servidor dos Correios, Sérgio Rezende, de 55 anos, dedica sua rotina a uma paixão que ultrapassa fronteiras: o ciclismo. Morador de Ministro Andreazza (RO), onde trabalha em uma agência unipessoal dos Correios, Sérgio já percorreu cerca de 114 mil quilômetros desde outubro de 2020, o equivalente a quase três voltas ao redor da Terra — tudo isso nas horas livres, conciliando o ofício de carteiro com o desejo constante de se superar sobre duas rodas.

Mesmo com jornada de trabalho das 7h às 17h, ele aproveita os momentos fora do expediente para pedalar, chegando a cumprir percursos de 40 km em dias úteis e trajetos de até 200 km nos fins de semana e feriados. A aventura mais recente durou 33 dias e atravessou a região Sul e partes do Sudeste e Centro-Oeste, incluindo marcos como a Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, e a sede nacional dos Correios, em Brasília, onde foi homenageado pessoalmente pelo presidente da empresa.

Natural de Caçu (GO), Sérgio começou a pedalar por recomendação médica, após anos de luta contra a diabetes. A bicicleta, que antes era apenas instrumento de trabalho, virou aliada na conquista da saúde e da autonomia. Desde então, ele deixou os remédios de lado e assumiu o ciclismo como prática diária e terapêutica. Para ele, pedalar é mais que exercício: é liberdade. “Posso ter os problemas que for, mas quando pego a bicicleta, esqueço tudo. E se eu parar, vou ter que voltar a tomar remédio — e eu não estou afim”, afirma.

O servidor já conheceu todos os 52 municípios de Rondônia, cruzou dez estados brasileiros e passou por três países da América do Sul: Argentina, Paraguai e Uruguai. Entre correntes quebradas e pneus furados — 24 vezes em sua última viagem —, mantém-se firme no propósito de desbravar o Brasil. A meta agora é pedalar do Oiapoque ao Chuí e visitar todas as capitais do país, conhecendo diferentes culturas e paisagens.

“Viajar de bicicleta me dá uma sensação de liberdade que não tem preço. Meu objetivo é seguir rodando e conhecendo o Brasil. Isso é o que me faz feliz”, conclui o carteiro ciclista.

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