Imagens de satélite divulgadas pelo Greenpeace Brasil mostram crescimento de garimpo ilegal dentro da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, em Rondônia. Segundo a organização, a área de atividade garimpeira tem 78 hectares, equivalente a 109 campos de futebol.
📍 A TI Sete de Setembro fica localizada no sudeste de Rondônia e noroeste do Mato Grosso e possui cerca de 250 mil hectares. O local é habitado pelos indígenas Paiter Suruí, que vivem distribuídos em 24 aldeias.
De acordo com os registros do Greenpeace, o garimpo está concentrado principalmente nas ramificações do rio Fortuninha, na região central da Terra Indígena, e nos braços do rio Fortuna, na parte nordeste do território.
“É urgente e necessário que as autoridades tomem medidas de proteção ao povo Paiter Suruí, realizem ações de fiscalização e monitoramento da atividade garimpeira e promovam ações de desintrusão dos invasores”, pede a organização em nota publicada no site oficial.
A região onde fica localizada a TI Sete de Setembro é rica em minérios e nos últimos dez anos tem sido alvo de atividades garimpeiras ilegais.
Organizações indígenas da região denunciaram o avanço do garimpo para os órgão fiscalizadores mas até o momento não tiveram resposta.
Em entrevista, o coordenador da frente de povos indígenas do Greenpeace Brasil, Jorge Dantas, falou sobre o aumento da destruição na região e cobrou ação das autoridades.
“Até o momento, não tivemos retorno. Mas a gente entende também que é uma resposta que nem sempre vem rápida. O que a gente costuma fazer nesse tipo de situação é oficializar a denúncia junto às autoridades e aos órgãos públicos, que têm condições de fazer alguma coisa. A gente crê que o governo federal e os governos estaduais estão olhando para essas situações, entendendo o prejuízo e a gravidade do problema e vão tomar atitudes”, disse.