Chefe de gabinete é preso em operação que apura corrupção e rachadinhas na Assembleia Legislativa

A Polícia Civil de Rondônia, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, deflagrou na manhã desta sexta-feira (17) uma operação na Assembleia Legislativa do Estado (ALE-RO) para investigar um suposto esquema de corrupção e desvio de recursos públicos por meio de “rachadinhas”. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em gabinetes parlamentares, residências e escritórios particulares em Porto Velho.

Investigações em andamento

As apurações indicam o envolvimento de servidores e terceiros em um esquema de nomeações fictícias de assessores comissionados que não exerciam as funções para as quais foram designados. Os salários pagos a esses “funcionários fantasmas” eram desviados e divididos entre os integrantes do grupo. Há também suspeitas de utilização indevida de empréstimos consignados, cujos valores seriam repartidos entre os envolvidos.

Afastamentos e prisão preventiva

Conforme informações preliminares, assessores e chefes de gabinete investigados foram afastados dos cargos. Um dos suspeitos, apontado como líder do esquema, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, que também determinou a suspensão de três servidores por 90 dias, além da proibição de acesso a repartições públicas e contato com testemunhas.

Deputados citados

Durante o cumprimento das ordens judiciais, equipes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco 2) realizaram buscas em oito endereços residenciais e na sede da ALE-RO. O gabinete do deputado estadual Marcelo Cruz foi alvo de mandado judicial, conforme confirmação da Polícia Civil.

Chefe de gabinete preso

O assessor parlamentar conhecido como “Guga”, que atuava no gabinete do deputado Marcelo Cruz, foi preso e é apontado como o principal articulador do esquema. De acordo com a Polícia Civil, além de não comparecer ao trabalho, ele coordenava a realização de empréstimos consignados no Banco do Brasil, cujos valores eram repartidos entre o grupo.

Provas e apreensões

Durante a operação, foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos e materiais que podem reforçar as provas sobre a atuação da suposta organização criminosa.

Funcionários fantasmas e fraudes financeiras

Segundo as investigações, pessoas eram nomeadas para cargos comissionados sem desempenhar qualquer função pública, enquanto continuavam a trabalhar em outros locais. Além de receberem salários indevidos, alguns desses assessores também contraíam empréstimos consignados, gerando prejuízos ao Estado e ao sistema financeiro.

A Polícia Civil segue com os trabalhos de perícia e análise dos documentos apreendidos, e novas informações devem ser divulgadas ao longo do dia.

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